quinta-feira, fevereiro 23, 2006

BAIXADA URGENTE

■ A Prefeitura de Duque de Caxias firmou contrato com o Laboratório de Arqueologia Brasileira (CNPJ 07360809/0001-73), com sede na Avenida Presidente Kennedy nº. 9422, bairro São Bento, para fazer o “levantamento bibliográfico e iconográfico e a demarcação do Caminho do Pilar”, uma antiga estrada do Brasil Colônia usada no escoamento da produção de pedras preciosas e ouro da região de Diamantina em direção ao porto do Pilar, a poucos quilômetros da Prefeitura do Município. A intenção do Governo é a de restaurar o que for possível para que o “Caminho” possa entrar no roteiro do turismo ecológico e histórico da cidade. Quem assinou o Convênio de Cooperação Técnica pelo LAB foi a sua presidente, a arqueóloga Jeanne Cordeiro de Oliveira.
■ Esta semana, o vereador Ito (PT do B) recebeu denúncia de que a presidente do LAB fora nomeada pelo prefeito Washington Reis para o cargo de Gerente do Patrimônio Tangível e Intangível da Secretaria Municipal de Cultura, órgão encarregado, justamente, de implementar os estudos elaborados pelo Laboratório, isto é, a arqueóloga Jeanne Cordeiro de Oliveira terá a dupla missão de prestar serviços de pesquisa e fiscalizar e avaliar o seu próprio trabalho. A nova gerente substituiu o professor de história Alexandre dos Santos Marques, nomeado no ano passado e que, recentemente, fez a defesa de controvertida tese de Mestrado em História da Baixada Fluminense na Universidade de Vassouras, onde negou que Duque de Caxias fosse grande produtor de laranja no Século XX, apesar de haver conquistado, inclusive, Medalha de Ouro numa Exposição em Paris, em 1913.
■ O professor Hermes Machado, um dos fundadores do PDT-Duque de Caxias, ex-Secretário de Educação do Município e ex-presidente do Sindicato dos Professores das Escolas Particulares da Baixada, resolveu arregaçar as mangas e partir para a oposição ao prefeito Washington Reis, que ele ajudou a eleger em 2004. Alegando que o prefeito não cumpriu os compromissos firmados com o movimento Idéia Viva, formado por ele com outros dissidentes do brizolismo no Município, Hermes Machado acusa Washington Reis de ter criado “Sesmarias” no Governo, em que cada Secretário é o “dono do pedaço”, pondo e dispondo sem dar satisfações ao próprio prefeito.
■ Formado por moradores da Zona Sul do Rio de Janeiro, sem conhecimento dos reais problemas do Município, o Secretariado de Washington Reis, segundo o fundador do movimento Idéia Viva, vem batendo de frente com lideranças que foram às ruas defender o candidato de Garotinho contra o ex-prefeito Zito. Hermes Machado afirma que uma das poucas pessoas que integram o Governo e moram no Município, a professora Danielle Reis, esposa do prefeito e titular da Secretaria de Ação Social e Trabalho, tem sua atuação prejudicada pela omissão de ocupantes de outras Secretarias.
■ A prefeita de Magé, Núbia Cozzolino, afirmou que o Município não tem estrutura para fiscalizar mais de 600 vans e kombis que fazem transporte irregular, o que provocou a retirada de circulação de 30 ônibus por parte da empresa Reginas, que tinha assumido o monopólio do transporte coletivo da extinta empresa Primavera, deixando os moradores dos bairros e distritos mais afastados sem transporte, inclusive os estudantes. Para agravar o problema, os empregados da Transportes Machado, que explora a linha “Piabetá-Duque de Caxias”, cruzaram os braços nesta quarta-feira (22/02), pois estão há quatro meses sem receber.
■ Enquanto a paralisação dos ônibus da Reginas, que não suportou a concorrência das vans e kombis, deixou mais de 150 motoristas e cobradores ameaçados de desemprego, a greve da empresa Machado deixou sem transporte os moradores do mais populoso Distrito de Magé. Piabetá também é servido por trens da Supervia, que fazem a ligação entre Raiz da Serra e Barão de Mauá, mas puxados por velhas e cansadas locomotivas a diesel e compostos por vagões sem iluminação, portas ou janelas. Nos idos de 50, era nesses trens que viajava Garrincha, um dos heróis das copas de 58 e 62, natural de Pau Grande, Distrito de Guapimirim, também um ex-Distrito desmembrado de Magé.
■ A Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou, nesta terça-feira (21/02), o projeto de lei 60/03, de autoria do deputado Ely Patrício (PSDC), que restringe as ofertas de produtos feitas por via telefônica sem o consentimento do usuário, conhecido como telemarketing. De acordo com a proposta, as empresas de telefonia terão de manter um cadastro especial de assinantes que manifestem oposição ao recebimento de chamadas com este teor. Em caso de infração, a empresa poderá ser multada em até 4 mil Ufirs. "A idéia surgiu após recebermos reclamações de pessoas que estavam sendo constantemente incomodadas com ofertas de produtos. O que queremos é que haja um cadastro das pessoas que aceitam receber estas ligações, que muitas vezes irritam o consumidor", acredita o parlamentar. O projeto será enviado para a governadora Rosinha Garotinho, que terá 30 dias para sancioná-lo.
■ A ALERJ também aprovou terça-feira (21/02). o projeto do deputado Noel de Carvalho (PMDB), fixando como único critério para encerrar a prestação de serviço de telefonia pré-pago deverá ser o término do saldo adquirido. O projeto prevê multa de 3 mil Ufirs para quem não cumprir a determinação. "Recebemos muitas reclamações sobre este sistema de pré-pagos, que considero ser uma fonte de renda inescrupulosa, pois as operadoras recebem valores sem ter prestado qualquer tipo de serviço. Acredito que este projeto será rapidamente posto em prática, até porque está baseado em uma decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. De qualquer forma, estou disposto a lutar em todos os âmbitos para que o fim dos créditos esteja vinculado, única e exclusivamente, ao término do saldo adquirido", afirmou o parlamentar. O projeto segue, agora, para a governadora Rosinha
Garotinho, que terá 30 dias para sancioná-lo.

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