sexta-feira, março 31, 2006

GAROTINHO JOGARÁ A TOALHA?

A decisão da governadora Rosinha Garotinho de deixar o Governo, seria uma confissão explícita do ex-governador Anthony Garotinho de que não acredita que, se vencer a convenção do PMDB, será lançado candidato à sucessão do Presidente Lula. Governista até a medula, o PMDB prefere ficar sem candidato, liberando os diretórios regionais para formalizarem as coligações que lhes forem mais convenientes, esquecidos de que, por Lei, os partidos políticos têm caráter nacional.
Embora seja a legenda com maior número de diretórios municipais, de congressistas e governadores, o PMDB tem medo de eleição. Por isso, Rosinha terá de sacrificar 9 meses do seu mandato, pois, a continuar no palácio Guanabara, tornará seu marido inelegível para disputar eleições locais.
O problema seria conciliar o inconciliável: as legítimas ambições do senador Sérgio Cabral, candidato a governador, e Jorge Picciani, que quer a vaga de senador, hoje pertencente ao petista Saturnino Braga. Alguém teria de ceder o lugar para Garotinho e Rosinha disputarem as eleições de outubro, um para o Senado e o outro, para a Câmara Federal. O prazo fatal termina hoje, dia 31 de março.

Quem dará a “carteirada fatal” para abrir vaga para o casal Garotinho? E ainda sobraria a incógnita Luiz Paulo Conde, vice-governador que, de posse do Palácio Guanabara, poderia sair candidato a governador, atrapalhando os planos da família Garotinho.
A decisão de permaancer no cargo, anunciada nesta quinta-feira, se não houver uma reviravolta até o final da tarde desta sexta-feira (31/03) deixará Garotinho sem mandato pelos próximos quatro anos se não conseguir convencer o PMDB de que sua candidatura é viável e que teria condições de vencer Lula num provável e mais do que desejável segundo turno. O tempo trabalha contra o futuro de Garotinho.

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