quinta-feira, janeiro 12, 2006

BAIXADA URGENTE

■ Ao proibir a cobrança da Taxa de Iluminação pela Prefeitura de Niterói, calculada sobre o consumo de energia, mesma base de cálculo do ICMS, o Tribunal de Justiça deixou os prefeitos fluminenses, inclusive Washington Reis (PMDB), de Duque de Caxias, numa situação desconfortável. Se suprimirem a cobrança, como decidiu a Justiça, os alcaides não terão como pagar a iluminação pública e, com o Ano Fiscal já começado, não podem modificar a legislação em vigor para recriar o tributo.

■ Nesta quinta-feira (dia 12), um grupo de líderes comunitários e sindicais de Duque de Caxias, que participou das campanhas de Zito e Washington Reis, estará reunido num escritório da Av. Brigadeiro, próximo à Praça Roberto Silveira, para rediscutir a política municipal e os interesses da população. Ente os "convidados" para o Movimento, está o professor Gutemberg Cardoso (PV), ex-Secretário de Cultura do Município e um dos idealizadores do Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, cujas obras estão paralisadas desde as eleições de outubro de 2004 e onde a Petrobras já investiu mais de R$ 14 milhões. Para os organizadores do encontro, tanto Zito, como o atual prefeito, esqueceram os compromissos de campanha tão logo tomaram posse. O grupo promete fazer muito barulho nas próximas eleições. Só um dos organizadores do evento promete lotar o local com 30 amigos.

■ Muita gente encafifada com omissão, na elaboração do Plano de Desenvolvimento Integrado de Duque de Caxias, da Rodovia RJ-109, obra importante para o desenvolvimento da Baixada Fluminense, projetada pelo DER há mais de 25 anos e que ligará o porto de Sepetiba à Rodovia Rio-Magé, passando também por Itaguaí, Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Belforf Roxo. .

■ Um arquiteto aposentado do Município, que acompanhou os estudos para a elaboração do I Plano de Desenvolvimento Integrado, no primeiro Governo Moacyr do Carmo, em 1968, não entendeu o que a Rodovia Presidente Dutra (que atravessa São João de Meriti), a Via Light (que liga a Dutra a Nova Iguaçu), e a Linha Vermelha (que liga o Aeroporto Tom Jobim à Presidente Dutra) têm a ver com Duque de Caxias e com o novo Plano de Desenvolvimento Integrado do Município. Os autores do anteprojeto indicaram essas vias como os principais corredores de ligação de Duque de Caxias com o Rio de Janeiro. O Plano foi elaborado por uma empresa de Ipanema.

■ O professor de História e "Gerente do Patrimônio Tangível e Intangível" da Secretaria de Cultura de Duque de Caxias, Alexandre dos Santos Marques, nascido e criado em Duque de Caxias, ao defender tese de Mestrado em História na Faculdade de Vassouras, negou que o Município tenha se beneficiado da citricultura depois da abolição da escravatura, no final do século XIX, muito embora o plantio de laranja tenha sido a base econômica para o ressurgimento no início do século XX do município de Maxambomba, mais tarde rebatizado como Nova Iguaçu, do qual Duque de Caxias era apenas um Distrito. A maioria das chácaras surgidas nos antigos cafezais e engenhos da Baixada, depois do fim da mão-de-obra escrava, dedicava-se à produção de laranja.

■ Uma das chácaras mais produtivas de Duque de Caxias, quando ainda era Vila Meriti, ficava no Parque Lafaiete, nos arredores da Igreja de Santa Terezinha, tendo seu proprietário, segundo garante o advogado Durval Teles de Faria Neto, conquistado uma Medalha de Ouro numa Exposição em Paris, em 1913, pela qualidade das laranjas ali produzidas, numa época em que não havia Emater, MST e muito menos transgênicos atrapalhando a vida dos agricultores brasileiros. O bairro Olavo Bilac, no 1º Distrito, por exemplo, ainda era um grande laranjal no final dos anos 40, já depois da emancipação do Distrito de Caxias.

■ Será nesta quinta-feira a posse do professor Álvaro Lopes na presidência do Conselho Diretor da Fundação Universidade de Duque de Caxias - a FEUDUC - que ele ajudou a fundar em 1968, ao lado do prefeito Moacyr do Carmo, do vice Ruyter Poubel, do médico Ricardo Augusto de Azeredo Vianna, dos ex-deputados Silvério do Espírito Santo e Zoelzer Poubel, entre outras personalidades, unidas pelo desejo de dar a Duque de Caxias uma Universidade. Até agora, do ambicioso projeto elaborado àquela época, só a Faculdade de Filosofia e Letras, sempre envolta em em crises financeiras ou administrativas, foi implantada. A esperança agora se concentra na capacidade do professor Álvaro Lopes de mobilizar professores e alunos para tirar a FEUDUC dessa espécie de letargia criativa para dar à Baixada Fluminense uma Universidade como deve ser qualquer estabelecimento desse porte: forte e participativa no desenvolvimento educacional e cultural da região.

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