quinta-feira, novembro 03, 2005

BAIXADA URGENTE

■ A morte da Sra. Walkiria Lomba Cavalcante, aos 93 anos, viúva do deputado cassado Tenório Cavalcante, encerrou um capítulo da história política da Baixada, iniciada ainda nos anos 30, quando o “Homem da Capa Preta” foi contratado pela Estrada de Ferro Leopoldina, de capitais britânicos, para comprar a lenha que movimentava as caldeiras das “Marias Fumaças” que puxavam as composições em direção as serras de Petrópolis e Terezópolis. Ela foi sempre uma mulher discreta, solidária, que levou até às ultimas conseqüências o célebre juramento feito no ato do casamento: solidariedade na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.
■ O alagoano Natalício Tenório Cavalcante, de Palmeira dos Índios, exerceu com mão de ferro a liderança política da Baixada numa época em que só havia dois partidos: o Governo, representado pela coligação PSD-PTB, de Amaral Peixoto e Getúlio de Moura, e a Oposição, liderada peal UDN de Prado Kelly, Bilac Pinto e Tenório Cavalcante. Era a época em que um “38” impunha respeito e marcava território. E a “Lurdinha”, sua inseparável companheira de lutas políticas, ao contrário da ninfeta da novela das 9, era o seu cartão de visita e marca registrada. E Tenório Cavalcante deixou um herdeiro, seu neto e filho do ex-senador Hydekel Freitas e da Sra. Sandra Cavalcante Freitas Lima, que honra e valoriza o seu nome e sobrenome, como prefeito, pela segunda vez, de S. Lourenço, em Minas Gerais.
■ Os funcionários municipais de Duque de Caxias passaram o feriadão de Finados “a seco”. A prefeitura manteve o calendário e só começou o pagamento de outubro ontem, quinta-feira. O último grupo, só receberá na segunda-feira. Na sexta-feira, alguns foram ao banco, na esperança de que o pagamento houvesse sido antecipado. Sem dinheiro, a maioria teve que “curtir’ o feriado prolongado, junto o Dia do Servidor Público (28 de outubro), com o ponto facultativo de “Todos os Santos” e o feriado de “Finados”.
■ A cada dia, os brasileiros se sentem ainda mais inseguros. Numa mesma semana, morreram dois PMs que faziam a segurança do Comandante Geral da Polícia Militar e o Superintendente da Vigilância Sanitária do Rio. Os policiais foram fuzilados por bandidos na Tijuca, Zona Norte do Rio, enquanto o responsável pela segurança em matéria de alimentação e medicamentos era vitima da Febre Maculosa, provocada pela picada de um carrapato, quando a vítima se hospedou numa pousada em Itaipava, na região serrana de Petrópolis.

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