quinta-feira, julho 06, 2006

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

CENTRO CULTURAL DE CAXIAS É
MAIS UM FOCO DE DESPERDÍCIO

■ Abandonadas desde o final de 2004, continuam paralisadas as obras de construção do Centro Cultural Oscar Niemeyer, na Praça do Pacificador, que deveria ser um novo o cartão postal de Duque de Caxias. Projeto de campanha do ex-prefeito Zito, por quase oito anos ele foi objeto de negociações com o Governo Federal. Com custo previsto no início em torno de R$ 5,5 milhões, a Petrobrás, patrocinadora do projeto, investiu mais de R$ 14 milhões até o final de 2004, sendo concluída apenas a Biblioteca, enquanto o Teatro ficou inacabado. No ano passado, a Secretaria Municipal de Cultura prometeu reiniciar as obras, que seriam entregues em julho de 2006. Nada de prático foi feito até então, a não ser a concessão pela Prefeitura para que uma rede de varejo holandesa fechasse uma galeria comercial no Edifício 25 de Agosto e anexasse a sua área de servidão para a abertura de uma nova frente, de frente para a Praça da Emancipação. Essa rede, que demolira o Cine Paz, alegou que fora muito prejudicada pelas obras em frente à sua loja. Enquanto isso, à sobra do prédio da Biblioteca, a jogatina corre solta sob os olhares displicentes dos guardas municipais e da PM, embora o local seja freqüentado por centenas de crianças e jovens, que fazem pesquisa na biblioteca, cujos computadores continuam servindo como objeto de decoração, pois a Telemar ainda não se dispões a instalar o sistema de banda larga para aceso à WEB. Como se vê, a Cultura em Duque de Caxias continua apenas como um cabide de empregos para alguns e um sorvedouro de dinheiro público, produto em falta na Saúde, na Educação, no Saneamento, nos Transportes. . .

► Um jornal carioca publicou domingo um colorido e luxuoso encarte da Prefeitura de Caxias. O que chamou a atenção foi o fato desse encarte não ser produzido pela Secretaria de Comunicação do Município, que conta com excelentes profissionais do ramo, mas pela agência de publicidade contratada para fazer a campanha do prefeito em 2004. Até o Secretário de Saúde, que não é médico, assinou Editorial.
► Outra curiosidade na peça publicitária da Prefeitura, uma explícita manifestação do culto á personalidade, típica dos regimes ditatoriais, refere-se ao Hospital da Chacrinha. O prefeito continua afirmando que ele será construído naquele local, embora o prazo para devolução do terreno ao Governo Federal termine neste sábado, dia 8, por determinação irrecorrível do Tribunal de Contas da União, que anulou a doação feita pelo Presidente Ernesto Geisel em favor do Vasco da Gama em 1974.
► Durante mais de 20 anos, o clube de São Januário não fez a menor questão de ocupar os 485 mil metros quadrados entre a Rodovia Washington Luis e a Baía de Guanabara, onde deveria ser construído um Centro de Treinamento, inclusive para a equipe de remo. Segundo assessores do prefeito, ele confia na palavra do ex-deputado Eurico Miranda, de que o terreno não será devolvido ao Governo Federal.
► O candidato do PDT a governador do Rio de Janeiro, o ex-deputado Carlos Lupi, começa a sua campanha nesta quinta-feira (06/7) com panfletagens na Zona Oeste e na Baixada Fluminense, tradicionais redutos brizolistas. Ao meio dia, a panfletagem começará na estação da Central do Brasil, no Centro do Rio de Janeiro. Às 14 horas, o candidato pedetista estará no calçadão de Nova Iguaçu, perto dos Correios. A panfletagem prosseguirá às 15 horas, no calçadão de Nilópolis, com uma última panfletagem do dia em S. João de Meriti, a partir das 16 horas, na Praça da Matriz.
► Enquanto isso, a agenda do 1º dia de campanha do candidato do PSDB ao Governo do estado, Eduardo Paes prevê panfletagem às 6:00 horas da matina na Central do Brasil - Entrada Principal com a participação dos candidatos, da juventude do PSDB e da militância. Depois de percorrer o centro de Niterói, a partir das 12:30 horas, Eduardo Paes estará em São João de Meriti, onde fará panfletagem na Praça da Matriz, a partir das 13: horas.
► O presidente da Comissão de Saúde da Alerj, deputado Paulo Pinheiro (PPS), visitou terça-feira (4/7), a central operacional do SAMU da Ilha Governador para verificar denúncias sobre falta de ambulâncias e de profissionais, além do atraso no pagamento dos funcionários. De acordo com o parlamentar, as denúncias foram confirmadas. “Os salários estão atrasados e não importa se o recurso é federal ou estadual, tem que haver interação dos poderes para que os serviços sejam pagos em dia”, disse o deputado, que no último mês pediu intervenção federal nos hospitais estaduais para melhor controle na utilização das verbas destinadas à saúde.
► De acordo com as denúncias, 50 das 87 ambulâncias que integram a frota do SAMU ficaram paradas no final de semana: 28 por estarem em manutenção e 22 por falta de pessoal. A diretora operacional da central da Ilha negou os números, e alegou que o programa passou a ter 99 ambulâncias quando houve uma junção entre os programas de atendimento domiciliar do estado e do federal, mas que atualmente conta com apenas 74 viaturas porque o restante foi cedido ou destinado a diferentes unidades hospitalares. Destas 74, 20% ficam em reserva técnica e sete estão paradas ou em manutenção, restando apenas as 60 que estão funcionando.

► A diretora operacional do serviço, Maria Arminda Amaral Mendes, explicou o atraso dos salários alegando que houve uma transição do pagamento de parte dos funcionários, basicamente enfermeiros e médicos, que antes recebiam do Governo federal e agora passarão a ser remunerados através do Estado. “Nesta transferência de administração e orçamento, é natural que os vencimentos atrasem um pouco”, afirmou. Ela disse ainda que considere absurdo que alguns funcionários não compareçam ao trabalho por estarem com seus salários atrasados, já que a falta dos profissionais, principalmente médicos, acarreta imensos transtornos no atendimento das ambulâncias.
► O SAMU é composto por 23 bases na região metropolitana do Rio, com mais de 800 funcionários, responsáveis pelos mais de 1300 atendimentos e 200 saídas diárias. O programa existe há um ano e conta com como médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e motoristas, entre outros. O serviço pode ser acionado discando o 192. O pedido é avaliado por um médico, que decide a necessidade de enviar ou não uma unidade móvel, que pode ser básica ou avançada. Para a diretora operacional, este é um dos motivos de reclamação da população. “Não podemos enviar ambulância para todas as chamadas que recebemos, para qualquer dor de cabeça. Pode ser um acidente vascular encefálico, mas pode ser uma simples dor de cabeça. É preciso identificar a gravidade do que está sendo relatado”, disse.
► O aumento no valor das contas de água da Cedae, que chegou a triplicar após o processo de substituição dos hidrômetros, mobilizou a Comissão de Defesa do Consumidor da Alerj, presidida pela deputada Cidinha Campos (PDT), que pretende mover uma ação civil pública contra a empresa. “A autarquia não pode criar um mecanismo para encarecer o serviço utilizando a desculpa de melhoria no trabalho prestado”, disse a pedetista, que comparou o problema gerado pela estatal aos impasses criados pela Ampla, quando trocou os medidores tradicionais por chips eletrônicos. “Engraçado como os marcadores roubam sempre as concessionárias, nunca o consumidor”, ironizou. A comissão recebeu, entre março e junho deste ano, trinta reclamações de aumento do valor da conta, sendo oito referentes ao mês de junho, em razão da troca do medidor.
► A Justiça do Rio cancelou nesta quarta-feira a assembléia de credores, prevista para a próxima segunda-feira, e o novo leilão da Varig, que seria realizado no dia 12 de julho. O cancelamento foi determinado pelo juiz da Oitava Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, que ainda não fixou a nova data para a venda. Segundo o Juíz, a VarigLog, única interessada na compra, só ontem (05/06) entregou os detalhes financeiros de sua proposta e não houve tempo para que fossem analisados por uma auditoria e pelo Ministério Público. A VarigLog, antiga subsidiária de cargas da Varig, agora controlada por investidores brasileiros e pelo fundo americano de investimentos Matlin Patterson, ofereceu comprar 90% da parte operacional da Varig por US$ 485 milhões.
► A VarigLog decidiu comprar a empresa depois que foi anulado o primeiro leilão judicial da Varig, realizado em 8 de junho. O consórcio Estrela Nova Varig, formado por sindicatos da própria companhia e investidores anônimos, havia vencido o leilão com uma oferta de US$ 480 milhões, mas no momento de efetuar o primeiro pagamento revelou que não possuía recursos. A indefinição sobre o futuro agravou a crise da empresa, que nas últimas semanas cancelou a maioria de seus vôos e diminuiu sua oferta de destinos nacionais e internacionais devido às dificuldades financeiras para manter suas operações. A cada instante se torna mais próxima a decretação da falência da velha Varig.

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