sexta-feira, março 10, 2006

O DESTINO DE GAROTINHO

► Diante das incertezas sobre como os partidos irão atuar nas eleições de outubro - com ou sem verticalização - o ex-governador Anthony Garotinho já prepara o seu "Plano B". Se inviabilizada a sua candidatura ao Palácio do Planalto, Rosinha Garotinho será obrigada a disputar a reeleição, pois seu marido e Chefe de Governo não aceitará ir para a coxia, depois de brilhar tantos anos no palco político. Garotinho está ameaçado pela mesma "Síndrome JK", das eleições de 1955. Naquela época, o polêmico e verborrágico Carlos Lacerda fez uma afirmação, no mínimo, inusitada: JK não pode ser candidato: se candidato, não pode ganhar; se ganhar, não pode tomar posse. No PMDB, se depender da cúpula comandada pelo governista apaixonado Renan Calheiros, Garotinho não pode ganhar as prévias do próximo domingo: se ganhar, não poderá vencer a convenção em junho: se for candidato, deve ser abandonado, como o partido já fizera antes com Ulisses Guimarães e Orestes Quércia. Resta saber se o senador Sérgio Cabral Filho vai continuar com aquele sorriso de comercial de TV quando Garotinho cobrar a vaga de candidato a governador para a sua "cara metade"!

Um comentário:

wfazolato disse...

Perfeita a sua lógica, Alberto.
Mas não nos esqueçamos que Rosinha tem que derrubar um impedimento legal se quiser se reeleger.
Quanto as pretensões de Garotinho quanto ao Palácio do Planakto, assino embaixo do que você escreveu. Um candidato com os maiores índices de rejeição como ele deve estar com mil idéias na cabeça, pois é práticamente certo de que a turma de raposas do PMDB fará de tudo para bombardear sua escolha pela convenção. Definitivamente não creio nisso.
A recentíssima derrota em Campos mostra que o cenário agora é outro.