sábado, maio 06, 2006

BAIXADA URGENTE

PROFESSORES DEIXAM PARA
TERÇA DECISÃO SOBRE GREVE

Em concorrida assembléia no Clube dos Quinhentos, na manhã de quarta-feira, os professores de Duque de Caxias, numa atitude sensata e equilibrada, decidiram dar um novo prazo para que o prefeito Washington Reis reflita sobre as reivindicações da categoria. Na última reunião com representantes da Prefeitura, os professores receberam um categórico Não! à reivindicação de incorporação das vantagens e abonos, com a fixação, em definitivo, do piso salarial da categoria em 5 salários mínimos, equivalente a R$ 1,75 mil reais, uma campanha iniciada em 1998. Em nome do Governo, o Secretário de Fazenda, Sérgio Rui, informou que o Município não tem como atender à categoria. Com isso e pela primeira vez em muitos anos, os servidores municipais ficaram sem reajuste salarial na sua data-base, 1º de Maio.
Durante a assembléia, a direção do SEPE informou que recebera pedido de um grupo precisaria ser adiada. Proposta aceita, e foi decidida uma semi-paralisação na sexta-feira, quando os professores fizeram panfletagem nas portas das quase 150 escolas do Município, informando aos pais e alunos sobre as razões da greve. Foi decidido também a realização de uma nova assembléia nesta terça-feira, às 8 horas, no Clube dos Quinhentos, para votação da proposta de greve, que poderá deixar 100 mil estudantes sem aulas. Após a assembléia, está prevista uma passeata pelas ruas centrais da cidade para explicar á população que a greve é contra o índice Zero de aumento para os servidores do segundo Município mais rico do Estado do Rio.

► O Comando da Guarda Municipal de Duque de Caxias convocou uma reunião da corporação sexta-feira (05/05) com o prefeito. Diante da ameaça de greve do magistério, Washington Reis para adiou a conversa para outro dia. Os guardas municipais ganham em torno de R$ 400 reais, embora o ex-prefeito Zito, que integrou a corporação, tenha se aposentado com mais de 20 mil reais.
► O assalto frustrado à Câmara de Vereadores de Duque de Caxias, na manhã desta sexta-feira (05/05), vai obrigar os vereadores a mudarem a postura diante do sistema de segurança implantado no ano passado. Os detectores de metais, instalados na entrada principal, de nada adiantaram diante do fato, comprovado, de que os marginais entraram e saíram, tranquilamente, pela garagem. A fortuna que a Câmara gasta por mês com a segurança particular contratada foi jogada fora pela displicência com que esses seguranças se comportaram.
► Ao verificar a gravação do circuito interno da agência bancária, o presidente da Câmara, Júnior Reis, reconheceu entre os bandidos um homem que o procurou em seu gabinete, na semana anterior. Isto significa que o assalto não foi casual, mas previamente estudado pelos três marginais. O mais incrível é que os guardas do banco gritaram que era um assalto, mas a segurança privada da Câmara nada fez para impedir a a fuga do trio.
► Mesmo depois que um vereador foi assassinado no ano passado, 48 horas depois de assumir o mandato, qualquer pessoa anda e circula, tranquilamente, pelas dependências da Câmara. Até 2004, quando não havia detectores de metais na entrada da Câmara, o visitante se identificava na portaria, deixava um documento de identidade e, como ocorre nas empresas privadas, só podia entrar depois de autorizado pelo gabinete do vereador a quem desejava visitar. Essa norma mínima de controle foi abolida pela atual Mesa Diretora, talvez sob o surrado jargão de que a Câmara “é a casa do Povo”. Não tivesse o segurança do banco saído para pegar um copo de água para uma bancária, ficando longe dos olhos dos bandidos e, por isso mesmo, acionado o alarme, poderia ter havido uma carnificina, pois o trio dispunha de pistolas automáticas.
► A atração dos nossos políticos pelo dinheiro fácil do Governo (o que pagamos em impostos, taxas e contribuições) não tem barreiras ideológicas, filosóficas, partidárias ou religiosas. No processo movido pelo Ministério Público Federal de Mato Grosso contra a quadrilha que manipulava recursos do SUS destinados à compra de ambulâncias UTIs para as Prefeituras, a Polícia Federal listou nada menos que 64 deputados e um senador, cujos assessores (de livre nomeação do parlamentar) faziam parte da rede de prevaricação federal.
► Da lista encaminhada pelo Juiz Jefferson Schineider, titular da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, ao Procurador Geral da República, Antonio Fernando de Souza, e ao STF, constam os nomes de parlamentares do Rio de Janeiro de diversos partidos, citados nas conversas entre os quadrilheiros. Em face da possível participação de deputado federal ou senador, únicos que poderiam apresentar emendas ao Orçamento utilizadas pela quadrilha, caberá à Procuradoria Geral da República encaminhar, ou não, pedido de abertura de Inquérito contra os acusados perante o STF. Diante dos documentos enviados pela Justiça Federal de Mato Grosso, o presidente da Câmara, Aldo Rabelo, prometeu adotar todas as providências para demitir, imediatamente, todos os assessores de deputados envolvidos no escândalo.
► Foram citados nas conversas gravadas com autorização judicial, além do senador Ney Suassuna , PMDB da Paraíba, mas que mora na Barra da Tijuca, no Rio, os deputados da bancada fluminense Aldir Cabral, Almir Moura e Laura Carneiro, do PFL, Denise Frossard, do PPS, Dr. Heleno, do PSC, Edson Ezequiel, José Divino e Nelson Bournier do PMDB, Eduardo Paes e Itamar Serpa do PSDB, Elaine Costa e Fernando Gonçalves, do PTB, João Mendes de Jesus e Paulo Baltazar, do PSB, Reinaldo Betão e Reinaldo Gripp, do PL, e José Divino e Vieira Alves, ambos do PMR, partido criado pelo Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal. Ao todo, foram listados 64 parlamentares, cujos assessores estariam envolvidos com o esquema de desvio de dinheiro do SUS.
► Outra dor de cabeça garantida para nossos políticos virá das investigações que o Ministério Público Federal de Mato Grosso está desenvolvendo em torno no Ministério da Ciência e Tecnologia, envolvendo as milionárias verbas do Programa de Inclusão Digital, dinheiro gasto por ONGs ligadas a parlamentares federais. O dinheiro é destinado à compra dos veículos (ônibus) adaptados para receberem os alunos dos CIDs – Centros de Inclusão Digital - que também seriam superfaturados, tal qual as ambulâncias UTIs, pela quadrilha de Mato Grosso, presa durante a “Operação Sanguessuga”. Aliás, os CIDs tem sido muito utilizados na propaganda em rádio e TV pelo PSB, do deputado Alexandre Cardoso, cujo líder na Câmara, Paulo Baltazar, foi citado na “Operação Sanguessuga”. E agora, José?

Um comentário:

Anônimo disse...

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